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dimanche 25 novembre 2012

La Conscience d'Anna de Noailles


Anna de Noailles (1876-1933) est une poétesse française du fin du XIXe siècle et du débout du XXe siècle. Normalement elle a des poèmes qui parlent de la thématique amoureuse, comme au "Troubadour" avec ses "Poème d'amitié", mais il y a aussi dans son œuvre des poèmes plus 'sage', bien moins romanesques, où la vertu, comme la Conscience, est louée.

Anna de Noailles (1876-1933) é uma poetisa francesa do fim do século XIX e do começo do século XX. Normalmente, ela tem poemas que falam da temática amorosa, como no "Trovadorismo" com seus "Poemas de amigo", mas há também em sua obra poemas mais 'sábios', bem menos romanescos, onde a virtude, assim como a Consciência, é louvada.

Pour savoir plus / para saber mais : http://fr.wikipedia.org/wiki/Anna_de_Noailles

Anna-Elisabeth, comtesse de Noailles par Philip Alexius de László, 1913
Traduction libre de/Tradução livre de Priscila Junglos


La Conscience

Incorruptible azur, déesse lumineuse,
Puisque vous avez bien voulu me visiter,
Je remettrai mon cœur entre vos mains soigneuses
Pour que vous le guidiez, par les nuits ténébreuses,
Au chemin de l’exacte et claire vérité.

A Consciência
Incorruptível azul, deusa luminosa,
Já que você realmente quis me visitar,
Eu colocarei meu coração entre suas mãos cuidadosas
Para que você o guie, pelas noites tenebrosas, 
No caminho da exata e clara verdade.


Avant que vous vinssiez, ma grande camarade,
Ma vie était encore, à son tendre levant,
Amoureuse d’éclat, de lustre et de parade
Comme un cygne qui fuit l’eau sage de la rade
Pour monter sur la mer et danser dans le vent.

Antes que você viesse, minha grande camarada,
Minha vida estava ainda, em seu tenro nascer,
Apaixonada pela luz, pelo brilho e pelo desfile
Como um cisne que foge da água sábia da raia
Para subir para o mar e dançar ao vento.


L’essaim voluptueux des heures turbulentes
Venait, en bondissant, à moi comme un chevreuil ;
J’ai détourné mes yeux de leur foule galante,
Et j’ai guéri pour vous mon âme violente
Du péché de colère et du péché d’orgueil.

O enxame voluptuoso das horas turbulentas
Vinha, saltitando, para mim como uma corça;
Eu desviei meus olhos de sua multidão galante,
E eu curei para você minha alma violenta
Do pecado da cólera e do pecado do orgulho.

Vous serez dans mon cœur comme une forteresse
Et je serai l’archer qui veille dans la tour,
Vous serez au pays profond de ma tendresse,
Entre les jardins verts de mes fines ivresses,
La route de soleil sans ombre et sans détour.

Você será no meu coração como uma fortaleza 
E eu serei a arqueira que vela na torre,
Você estará no país profundo de minha ternura,
Entre os jardins verdes de minhas delicadas embriaguezes
O caminho do sol sem sombras e sem volta.

Ô vous dont la pudeur est peureuse et fragile,
Vous serez dans mon cœur belle comme un lac bleu,
Et vous verrez passer sur votre onde tranquille,
Pareils à des pigeons dont la blancheur défile,
Mes désirs obstinés, vaillants et scrupuleux…


Oh você cujo pudor é temeroso e frágil,
Você será no meu coração bela como um lago azul,
E você verá passar em sua onda tranquila,
Semelhante aos pombos cuja a brancura desfila,
Meus desejos obstinados, valentes e escrupulosos...