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mercredi 26 février 2014

Joana Francesa de Chico Buarque, chantée ici par Nara Leão






Très belle chanson qui mélange parfaitement le français avec le portugais et maintient toute la beauté phonétique de chaque langue...

La musique fait partie de la Bande Originale du film de Cacá Diegues, avec Jeanne Moreau!

Linda canção que mistura perfeitamente o francês com o português mantendo toda a beleza fonética de cada língua...
A música faz parte da trilha sonora do filme de Cacá Diegues, com Jeanne Moreau!


Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise

Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

jeudi 20 février 2014

XI. – Victor Hugo - Poema com tradução rimada.

XI. – Victor Hugo

?

Une terre au flanc maigre, âpre, avare, inclément,
Où les vivants pensifs travaillent tristement,
Et qui donne à regret à cette race humaine
Un peu de pain pour tant de labeur et de peine ;
Des hommes durs, éclos sur ces sillons ingrats ;
Des cités d’où s’en vont, en se tordant les bras,
La charité, la paix, la foi, soeurs vénérables ;
L’orgueil chez les puissants et chez les misérables ;
La haine au coeur de tous ; la mort, spectre sans yeux,
Frappant sur les meilleurs des coups mystérieux ;
Sur tous les hauts sommets des brumes répandues ;
Deux vierges, la justice et la pudeur, vendues ;
Toutes les passions engendrant tous les maux ;
Des forêts abritant des loups sous leurs rameaux ;
Là le désert torride, ici les froids polaires ;
Des océans émus de subites colères,
Pleins de mâts frissonnants qui sombrent dans la nuit ;
Des continents couverts de fumée et de bruit,
Où, deux torches aux mains, rugit la guerre infâme,
Où toujours quelque part fume une ville en flamme,
Où se heurtent sanglants les peuples furieux ; –
Et que tout cela fasse un astre dans les cieux !


Octobre 1840.

Traduction / tradução de Priscila Junglos

XI.

?

Uma terra com o flanco magro, acre, avaro, inclemente,
Onde os vivos pensativos trabalham tristemente,
E que dá, a contra gosto, à esta raça humana
Um pouco de pão para tanto labor e pena;
Homens rudes, eclodidos nesses solos ingratos;
Cidades de onde elas vão embora, com os braços tortos,
A caridade, a paz, a fé, irmãs veneráveis;
O orgulho dos poderosos e dos miseráveis;
O ódio no coração de todos; a morte, espectro sem olhos,
Fustiga os melhores com golpes misteriosos;
Sobre todos os altos cumes neblinas difundidas;
Duas virgens, a justiça e a castidade, vendidas;
Todas as paixões engendram todos os males;
Florestas abrigam lobos sob suas árvores;
Aqui os frios polares; lá desertos tórridos;
De súbitas cóleras oceanos emudecidos,
Cheio de mastros tremeluzentes na noite soçobrados;
Continentes cobertos de barulho e enfumaçados,
Onde, ruge a guerra infame, com duas tochas na mão
Onde sempre em algum lugar arde uma cidade como um carvão
Onde o povo ensanguentado se tropeça enfurecido; -
E que tudo isso resulte em um astro no espaço indefinido.

Outubro de 1840.


Victor Hugo, em Les contemplations.

mardi 11 février 2014

Le Rideau de ma Voisine – Alfred de Musset. Com tradução rimada.

 Ilustração de Priscila Junglos.
Clique na imagem para ampliar.

Le Rideau de ma Voisine

Imité de Goethe

Le rideau de ma voisine
Se soulève lentement.
Elle va, je l’imagine,
Prendre l’air un moment.

On entr’ouvre la fenêtre :
Je sens mon coeur palpiter.
Elle veut savoir peut-être
Si je suis à guetter.

Mais, hélas ! ce n’est pas qu’un rêve :
Ma voisine aime un lourdeau,
Et c’est le vent qui soulève
Le coin de son rideau.







Traduction de Priscila Junglos 


A cortina de minha vizinha

Imitado de Goethe.

A cortina de minha vizinha de cá
Levanta-se devagar
Ela vai, eu a imagino, lá
Por um momento tomar um ar.

Entreabre-se a janela:
Eu sinto meu coração palpitando
Ela quer saber - sabe-se lá!
Se eu estou espiando.

Mas, ah! Eu estava só a sonhar
Minha vizinha gosta de um folgado
E era o vento que fez levantar
O canto de seu cortinado.

jeudi 6 février 2014

“Chanson” d' Alfred de Musset, com tradução rimada





A Esperança guiando o cego Destino. Ilustração de Priscila Junglos.

Lorsque la coquette Espérance
Nous pousse le coude en passant,
Puis à tire-d’aile s’élance,
Et se retourne en souriant;

Où va l’homme ? Où son cœur l’appelle.
L’hirondelle suit le zéphyr,
Et moins légère est l’hirondelle
Que l’homme qui suit son désir.

Ah ! fugitive enchanteresse,
Sais-tu seulement ton chemin ?
Faut-il donc que le vieux Destin
Ait une si jeune maîtresse !

1840.



Traduction / Tradução de Priscila Junglos

Canção

Quando a vaidosa Esperança
Acotovela-nos partindo,
Depois, num vôo rápido se lança,
E se volta sorrindo;

Aonde vai o homem? Aonde seu coração o encaminha.
A andorinha segue o zéfiro – vento do ocidente,
E é menos ligeira a andorinha
Que o homem seguindo seu desejo somente.

Ah! Fugidia e cheia de ardil,
Sabes ao menos a tua direção?
É mesmo preciso que o Destino ancião
Tenha uma amante tão juvenil!

1840.