Michel Legrand é um dos mais importantes compositores da França do século XX. Influenciado pela bossa nova, blues, jazz, pela música americana e a típica chanson française.
Essa música foi trilha sonora de vários filmes, tanto em sua versão original em francês, como em sua versão em inglês (The windmills of your mind). Sendo que a versão inglesa ficou famosa por ser o leitmotif do filme The Thomas Crown Affair (em sua versão de 1968 - cantada por Noel Harrison - e também no remake do filme, de 1999 - cantada por Sting).
Nos anos 60/70, aliás, era muito comum o proprio artista [compositor(a) ou o cantor(a)] ter várias versões da mesma música, em vários idiomas: do francês, alemão, passando pelo inglês até o japonês!
Comme une pierre que l'on jette
Dans l'eau vive d'un ruisseau
Et qui laisse derrière elle
Des milliers de ronds dans l'eau
Comme un manège de lune
Avec ses chevaux d'étoiles
Comme un anneau de Saturne
Un ballon de carnaval
Comme le chemin de ronde
Que font sans cesse les heures
Le voyage autour du monde
D'un tournesol dans sa fleur
Tu fais tourner de ton nom
Tous les moulins de mon cœur
Comme un écheveau de laine
Entre les mains d'un enfant
Ou les mots d'une rengaine
Pris dans les harpes du vent
Comme un tourbillon de neige
Comme un vol de goélands
Sur des forêts de Norvège
Sur des moutons d'océan*
Comme le chemin de ronde
Que font sans cesse les heures
Le voyage autour du monde
D'un tournesol dans sa fleur
Tu fais tourner de ton nom
Tous les moulins de mon cœur
Ce jour-là près de la source
Dieu sait ce que tu m'as dit
Mais l'été finit sa course
L'oiseau tomba de son nid
Et voilà que sur le sable
Nos pas s'effacent déjà
Et je suis seul à la table
Qui résonne sous mes doigts
Comme un tambourin qui pleure
Sous les gouttes de la pluie
Comme les chansons qui meurent
Aussitôt qu'on les oublie
Et les feuilles de l'automne
Rencontrent des ciels moins bleus
Et ton absence leur donne
La couleur de tes cheveux
Une pierre que l'on jette
Dans l'eau vive d'un ruisseau
Et qui laisse derrière elle
Des milliers de ronds dans l'eau
Au vent des quatre saisons
Tu fais tourner de ton nom
Tous les moulins de mon cœur
Tradução livre / traduction libre de Priscila Junglos
Como uma pedra que a gente lança
E que deixa atrás dela
milhares de círculos na água.
Como um carrocel de lua
com seus cavalos de estrelas.
Como um anel de Saturno.
Uma bexiga de carnaval.
Como o caminho de ronda
que fazem, sem cessar, as horas.
A viagem ao redor do mundo
de um girassol na sua flor.
Você faz girar com seu nome
Todos os moinhos de meu coração.
Como uma meada de lã
entre as mãos de uma criança
Ou as palavras de um refrão
Presos nas harpas do vento.
Como um turbilhão de neve,
Como um vôo de gaivotas
Sobre as florestas da Noruega.
Sobre as 'ovelhas' de oceanos*.
Como o caminho de ronda
que fazem, sem cessar, as horas.
A viagem ao redor do mundo
de um girassol na sua flor.
Você faz girar com seu nome
Todos os moinhos de meu coração.
Naquele dia perto da fonte
Deus sabe o que você me disse,
Mas o verão termina sua corrida.
O pássaro caiu do seu ninho
E eis que sobre a areia
Nossos passos já se apagam
E eu estou sozinho na mesa
Que ressoa sob meus dedos
Como um tamborim que chora
Sob as gotas da chuva.
Como as canções que morrem
Tão logo a gente as esquece.
E as folhas do outono
Reencontram céus menos azuis
E tua ausência lhes dá
A cor de teus cabelos.
Uma pedra que a gente lança
Na água viva de um riacho
E que deixa atrás dela
milhares de círculos na água.
Ao vento das quatro estações
Você faz girar com teu nome
Todos os moinhos de meu coração.
Primeira versão em inglês:
Segunda versão mais famosa da música:
Letra em inglês:
The Windmills Of Your Mind
Round,
Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever-spinning reel.
Like a snowball down a mountain
Or a carnival balloon.
Like a carousel that's turning
Running rings around the moon.
Like a clock whose hands are sweeping
Past the minutes of its face
And the world is like an apple
Whirling silently in space.
Like the circles that you find
In the windmills of your mind.
Like a tunnel that you follow
To a tunnel of its own.
Down a hollow to a cavern
Where the sun has never shone.
Like a door that keeps revolving
In a half-forgotten dream.
Or the ripples from a pebble
Someone tosses in a stream.
Like a clock whose hands are sweeping
Past the minutes of its face
And the world is like an apple
Whirling silently in space.
Like the circles that you find
In the windmills of your mind.
Keys that jingle in your pocket.
Words that jangle in your head.
Why did summer go so quickly?
Was it something that you said?
Lovers walk along a shore
And leave their footprints in the sand.
Was the sound of distant drumming or
Just the fingers of your hand?
Pictures hanging in a hallway
Or the fragment of a song.
Half-remembered names and faces
but to whom do they belong?
When you knew that it was over
Were you suddenly aware
That the autumn leaves were turning
To the colour of her hair?
Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever-spinning reel
As the images unwind
Like the circles that you find
In the windmills of your mind