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mardi 18 avril 2017

" Société, tu m'auras pas ! " de Renaud

Renaud jeune.
Chanson rock " Société, tu m'auras pas ! ", un classique français...





Paroles : 

Y'a eu Antoine avant moi
y'a eu Dylan avant lui
après moi qui viendra ?
Après moi c'est pas fini.
On les a récupérés,
oui, mais moi, on m'aura pas.
Je tirerai le premier
et j'viserai au bon endroit.

J'ai chanté dix fois, cent fois
j'ai hurlé pendant des mois,
j'ai crié sur tous les toits
ce que je pensais de toi,
société, société,
tu m'auras pas.

J'ai marché sur bien des routes,
j'ai connu bien des pat'lins,
partout on vit dans le doute,
partout on attend la fin.

J'ai vu occuper ma ville
par des cons en uniformes
qu'étaient pas vraiment virils,
mais qui s'prenaient pour des hommes.

J'ai chanté dix fois, cent fois
j'ai hurlé pendant des mois,
j'ai crié sur tous les toits
ce que je pensais de toi,
société, société,
tu m'auras pas.

J'ai vu pousser des barricades,
J'ai vu pleurer mes copains,
J'ai entendu les grenades
tonner au petit matin.
J'ai vu ce que tu faisais
du peuple qui vit pour toi,
j'ai connu l'absurdité
de ta morale et de tes lois.

J'ai chanté dix fois, cent fois
j'ai hurlé pendant des mois,
j'ai crié sur tous les toits
ce que je pensais de toi,
société, société,
tu m'auras pas.

Demain, prends garde à ta peau,
à ton fric, à ton boulot,
car la vérité vaincra,
la Commune refleurira (l’anarchie refleurira)*
Mais en attendant, je chante,
et je te crache à la gueule
cette petite chanson méchante
que t'écoutes dans ton fauteuil.

J'ai chanté dix fois, cent fois
j'ai hurlé pendant des mois,
j'ai crié sur tous les toits
ce que je pensais de toi,
société, société,
tu m'auras pas.

Traduction libre / tradução livre de Priscila Junglos

Letra:

Teve Antoine antes de mim
Teve Dylan antes dele
Depois de mim, quem virá?
Eles foran recuperados,
Sim, mas eu, eles não me terão.
Eu dispararei primeiro
e eu mirarei no lugar certo.

Eu cantei dez vezes, cem vezes
Eu uivei durante meses,
Eu gritei sobre os telhados
isto que eu pensava de você,
Sociedade, sociedade,
Você não me terá.

Eu andei por muitas estradas,
Eu conheci muitas cidadezinhas,
em todo os lugares se vive na dúvida,
Em todos os lugares espera-se o fim.

Eu vi minha cidade ser ocupada
por cretinos em uniforme
que não real realmente viris,
mas que achavam que eram homens.

Eu cantei dez vezes, cem vezes
Eu uivei durante meses,
Eu gritei sobre os telhados
isto que eu pensava de você,
Sociedade, sociedade,
Você não me terá.

Eu vi crescer as barricadas,
Eu vi chorar meus companheiros,
Eu escutei as granadas
explodir de manhazinha.
Eu vi isso que você fazia
do povo que vive por você,
Eu conheci a absurdidade
de tua moral e de tuas leias.

Eu cantei dez vezes, cem vezes
Eu uivei durante meses,
Eu gritei sobre os telhados
isto que eu pensava de você,
Sociedade, sociedade,
Você não me terá.

Amanhã, cuide da tua pele,
da tua grana, de teu trabalho,
porque a verdade vencerá
a Comuna "reflorescerá" (a anarquia "reflorescerá")* 
Mas esperando, eu canto,
e eu te escarro na cara
esta pequena canção má
que você escuta em tua poltrona.

Eu cantei dez vezes, cem vezes
Eu uivei durante meses,
Eu gritei sobre os telhados
isto que eu pensava de você,
Sociedade, sociedade,
Você não me terá.

* Existem duas versões dessa música, do próprio Renaud:  "la Commune refleurira" ou "l’anarchie refleurira" ("Comuna "reflorescerá" " ou "a anarquia "reflorescerá" ").