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samedi 22 août 2020

La mal-aimée du Courrier du cœur de Joe Dassin

Courrier du Cœur era uma parte popular nas revistas chamadas "femininas" (la presse féminine) nos anos 50 até os anos 80 (sendo que ainda existe...) onde o leitor poderia chorar suas pitangas e pedir conselhos e a "redação" respoderia. Na maioria das vezes alguma mulher qualquer, sem formação em psicologia, nem nada, respondia...essa mulher é a personagem desta chanson.



 


Paroles :

Tous les jours assise à sa machine
Pour son magazine, elle répond aux lettres
Elle est le seul espoir, la seule issue
Pour l'amant déçu, pour ceux qui n'y croyait plus

Et c'est vrai qu'elle donne confiance
Et c'est vrai qu'elle porte chance
Mais, le soir venu, elle rentre seule à la maison

Le facteur n'a jamais de lettres
La fleuriste jamais de fleurs
Et personne ne dit : Je t'aime
À la mal-aimée du courrier du cœur

Et chacun montre sur la piste
Le visage qu'il veut montrer
Mais on dit que le clown est triste
Quand le spectacle s'est terminé

Elle a eu pourtant les aventures
De celles qui durent le temps d'une promesse
Un de perdu, pas un de retrouvé *
Et personne à qui écrire pour se confier

Et pourtant elle donne confiance
Et pourtant elle porte chance
Mais, le soir venu, elle rentre seule à la maison

Le facteur n'a jamais de lettres
La fleuriste jamais de fleurs
Et personne ne dit : Je t'aime
À la mal-aimée du courrier du cœur

Et chacun montre sur la piste
Le visage qu'il veut montrer
Mais on dit que le clown est triste
Quand le spectacle s'est terminé



Traduction libre / tradução livre de Priscila Junglos


Todos os dias sentada em sua máquina (de escrever)
Para sua revista, ela responde às cartas
Ela é a única esperança, a única saída
Para o amante decepcionado, para aqueles que já não acreditam mais

E é verdade que ela dá confiança
E é verdade que ela dá sorte
Mas, vinda a noite, ela retorna só a casa

O carteiro nunca tem cartas
A florista, nunca flores
E ninguém diz: Eu te amo
À mal-amada da Correspondência do coração

E cada um mostra na pista
O rosto que quiser mostrar
Mas dizemos que o palhaço é triste
Quando o espetáculo termina

Ela teve, entretanto, aventuras
Essas que duram o tempo de uma promessa
Um perdido, nenhum encontrado*
E ninguém a quem escrever para se desabafar

E, entretanto, ela dá confiança
E, entretanto, ela dá sorte
Mas, vinda a noite, ela retorna só a casa

O carteiro nunca tem cartas
A florista, nunca flores
E ninguém diz: Eu te amo
À mal-amada da Correspondência do coração

E cada um mostra na pista
O rosto que quiser mostrar
Mas dizemos que o palhaço é triste
Quando o espetáculo termina



Notas da tradutora:

* "Un de perdu, pas un de retrouvé" é uma brincadeira com a expressão francesa "un de perdu, dix de retrouvés" [um perdido, dez achatos] que significa que se perdemos um amor, há de se encontrar outros tantos.